Em 31 de outubro, comemoramos o Dia Mundial do Direito à Cidade. Tendo em conta o foco deste ano sobre o papel dos jovens na liderança de ações climáticas e locais para as cidades, reafirmamos nosso compromisso com a construção da justiça climática por meio do Direito à Cidade.
Isso implica reconhecer que qualquer ação climática eficaz deve reconhecer as desigualdades estruturais e ser formulada de modo a abordar e reverter essas desigualdades. Além disso, também envolve o reconhecimento das interligações entre a ação climática e a justiça territorial, melhorando a conexão entre as políticas climáticas e as políticas territoriais. Por fim, implica assumir uma perspectiva de direitos humanos em todas as estratégias envolvidas, construindo-as por meio da perspectiva de reforçar a organização comunitária e as abordagens participativas.
Abaixo, você encontrará alguns documentos e iniciativas que ilustram a abordagem da PGDC à Justiça Climática sob a perspectiva do Direito à Cidade:
O objetivo deste glossário é fornecer informações relevantes, sistematizadas e acessíveis sobre conceitos, estruturas e atores estratégicos da discussão sobre mudanças climáticas para o trabalho de incidência dos membros e parceiros da Plataforma Global pelo Direito à Cidade, visando o avanço da justiça climática por meio de uma abordagem do direito à cidade.
Este documento foi desenvolvido no âmbito do projeto “Reivindicando o Direito à Cidade, Avançando a Justiça Climática: Fortalecendo os movimentos sociais no Brasil e no mundo para enfrentar a crise climática”, realizado pelo Instituto Pólis e apoiado pela Misereor.
O documento lança luz sobre o potencial do Direito à Cidade como “uma das estruturas de referência para orientar a Ação Climática equitativa e criar conjuntamente agendas práticas para mitigar a Mudança Climática, adaptar-se aos seus impactos e garantir a restituição dos direitos perdidos no passado, preservando esses direitos para as gerações futuras”.
Este documento prova que a estrutura do Direito à Cidade já está fornecendo alternativas substanciais para trabalhar pela Justiça Climática em todo o mundo!
Para este Outubro Urbano, a Streetnet International, membro da GPR2C, fez uma parceria com suas afiliadas para saber como os vendedores ambulantes estão sendo afetados pelas mudanças climáticas e as estratégias que eles têm adotado para promover a justiça climática.
Você pode encontrar essas histórias abaixo:
Da vulnerabilidade à resiliência: vendedores ambulantes em Malaui na era das mudanças climáticas
Com a intensificação das mudanças climáticas, os vendedores ambulantes de Malaui enfrentam desafios sem precedentes. O estresse causado pelo calor, os mercados inundados e a renda imprevisível ameaçam sua própria existência.
No entanto, em meio à adversidade, os vendedores ambulantes de Malaui estão inovando, apoiando uns aos outros e promovendo práticas sustentáveis. Chegou a hora de ampliar suas vozes e explorar soluções para garantir sua sobrevivência e a gestão ambiental.
Nos bastidores do centro de fumantes Bonfi: Entrevista com Mamadouba Bangoura, vendedor ambulante no coração do mercado
Estamos no coração do centro de defumação de peixes do Bonfi, onde o calor e o cheiro acre da fumaça enchem o ar. Entre os fornos de tijolos avermelhados e as bacias de metal transbordando de peixes, o trabalho está a todo vapor. É aqui que conhecemos Mamadouba Bangoura, um vendedor ambulante de 30 anos que transporta bacias de peixe defumado do centro para os mercados locais. Com um passo seguro, ele equilibra uma grande bacia na cabeça, pronto para conversar entre duas entregas.